quinta-feira, 11 de outubro de 2007

URSS - União Soviética

No começo do século XX, a Rússia passou por uma crise social e econômica. A desigualdade era enorme entre os camponeses e a nobreza (dona de terras). O regime do czar Nicolau II foi seriamente abalado por protestos, em 1915. As lideranças socialistas organizaram os operários em conselhos, os sovietes, nos quais se debatiam decisões políticas. O czar prometeu reformas; estabeleceria um governo constitucional e convocaria eleições para o parlamento (Duma), responsável de elaborar uma constituição. Os mencheviques e outros partidos deram-se por satisfeitos. Já os bolcheviques – socialistas revolucionários liderados por Lênin, exigiram o fim da monarquia. O governo procedeu repressão aos focos de revolta interna, prendeu líderes revolucionários e deixou as promessas que havia feito de lado. Em 1917, inicia-se em Petrogrado (atual São Petersburgo) a revolução que resultaria na renuncia do Czar. Neste momento é instalado o governo provisório com dois poderes o Soviete de Petrogrado e a Duma, controlado pelos mencheviques e sem representantes dos bolcheviques. Lênin retornou do exílio e reorganizou os bolcheviques que em 25 de outubro, cercaram Petrogrado onde ficava o governo provisório para tomar o poder. O czar Nicolau II foi condenado à morte e juntamente com a família imperial foi fuzilado, em 1918. Daí o então Partido Bolchevique passou a se chamar Partido Comunista. Assim em 1922 surgi a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), com a união das seguintes repúblicas; Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Transcaucásia e as repúblicas da Ásia Central. A era de Stálin Josef Stálin foi nomeado secretário-geral do Partido Comunista em 1922. Muito ambicioso, conseguiu apoio para suceder Lênin. Para tentar converter a Rússia agrícola, numa potencia industrial, Stálin instituiu o primeiro plano qüinqüenal para impulsionar a industrialização. No ano de 1930, ele instalou uma política de terror, executando, deportando e expurgando os opositores. Em 1939, com o avanço das tropas nazistas, Stálin firmou acordo de não-agressão, pois tinha medo de que Hitler pudesse invadir seu país. Em 1942, o exército alemão entrou na URSS e Stálin se uniu aos 25 países aliados para combater as potencias do Eixo. No ano seguinte, as tropas de Hitler foram derrotadas na Batalha de Stalingrado pelos russos. O ditador já havia assegurado à posse de boa parte da Europa, em 1945 no final da Segunda Guerra Mundial. Muro de Berlim Tinha 155 km, interrompia 8 linhas de trens urbanos na cidade, quatro metrôs, 193 ruas e avenidas e atravessava 24 km de rios e 30 km de bosques. Sem dúvida foi um dos principais símbolos da denominada Cortina de Ferro. Seu surgimento se deu no auge da Guerra Fria em 1961, sua existência durou quase 28 anos. O muro era símbolo não só da divisão da capital alemã em oriental (comunista) e ocidental (capitalista), mas também da separação do mundo em dois blocos de poder. A Queda do Muro de Berlim Houve uma significativa mudança na URSS a qual levou ao aumento das pressões contra o Muro, na década de 80. EM 1989 era muito grande a pressão para o governo socialista facilitar viagens dos alemães orientais. Em conseqüência veio a queda do muro em novembro do mesmo ano. Após o anuncio sobre a queda do muro de Berlim uma multidão se aglomerou nos postos de fronteira, todos queriam participar da derrubada de um símbolo que marcou durante anos as suas vidas. Junto com o muro também caíram o sistema socialista europeu e a Guerra Fria. O fim da URSS Em 1985 Mikhail Gorbatchov assumiu, aos 54 anos, a secretaria do Partido Comunista, chegando ao poder com projetos de reformas democráticas. O líder atraiu os holofotes quando declarou reduzir a censura, moratória nuclear unilateral, retirar tropas do Afeganistão após nove anos de intervenção soviética e líber presos políticos. Para definir sua relação com a sociedade Gorbatchov usou o termo glasnost (transparência) e para definir a necessidade econômica utilizou a Perestroika (reconstrução).
No período que compreende os anos de 1917 a 1990, os soviéticos haviam tido o regime de partido único, o qual controlava a vida de todos os cidadãos. Coma liderança de Gorbatchov, a União Soviética teve uma nova ordem política, com sindicatos livres e pluripartidarismo.
Em 1991, uma forte tensão foi gerada entre conservadores e reformistas. Com isso Gorbatchov deu autonomia às repúblicas, na tentativa de evitar uma guerra civil. Em setembro de 1991, o parlamento votou na dissolução da URSS, e em dezembro Iéltsin declara a independência da Rússia e a formação da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Estava assim extinta a URSS, e no dia 25 de dezembro Gorbatchov renunciou.